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A Força Aérea da Ucrânia acusou, nesta quinta-feira (21), a Rússia de lançar um míssil intercontinental originalmente projetado para uso nuclear contra a cidade de Dnipro. Segundo os militares ucranianos, o armamento foi modificado para transportar seis ogivas convencionais, marcando um acontecimento sem precedentes na história militar moderna.
O ataque, que teve como alvo empresas e infraestruturas na cidade, deixou pelo menos duas pessoas feridas e causou incêndios em uma instalação industrial, conforme informou o governador regional Serhiy Lysak. Até o momento, o Kremlin não se pronunciou oficialmente sobre o ataque. Quando questionado, o porta-voz Dmitry Peskov sugeriu que jornalistas procurassem esclarecimentos com os militares russos.
Novos ataques com mísseis na Ucrânia
Além do míssil intercontinental, a Rússia disparou um míssil hipersônico Kinzhal e sete mísseis de cruzeiro Kh-101, dos quais seis foram interceptados pelas defesas aéreas ucranianas.
Alerta dos EUA sobre ataque significativo
Na quarta-feira (20), os Estados Unidos emitiram um alerta para um possível “ataque aéreo significativo” contra a Ucrânia, fechando temporariamente sua embaixada em Kiev. No entanto, após a avaliação de que a ameaça era parte de um “ataque psicológico e informativo” promovido por Moscou, a embaixada foi reaberta no mesmo dia.
A embaixadora americana na Ucrânia, Bridget A. Brink, recomendou aos cidadãos dos EUA que permaneçam vigilantes e prontos para se protegerem caso novos alertas aéreos sejam emitidos.
Ucrânia utiliza mísseis americanos de longo alcance
O aumento da tensão ocorre após a Ucrânia lançar, pela primeira vez, mísseis de longo alcance fornecidos pelos EUA. Segundo autoridades ucranianas, os mísseis Atacms atingiram um depósito de artilharia na região fronteiriça de Bryansk, que armazenava munições norte-coreanas.
Por outro lado, Moscou alegou que suas defesas aéreas interceptaram cinco desses mísseis e que os danos foram mínimos.
Resposta russa ao uso de mísseis americanos
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou que o uso dos mísseis Atacms pela Ucrânia demandará uma resposta “apropriada” de Moscou. Lavrov também sugeriu que o uso de armamentos desse tipo indicaria o envolvimento direto de especialistas militares dos EUA nos ataques.
“Se mísseis de longo alcance forem lançados da Ucrânia em direção ao território russo, isso significa que especialistas dos EUA estão operando essas armas”, declarou o chanceler após o encontro do G20 no Rio de Janeiro.
A escalada nos ataques e o uso de armamentos avançados de ambos os lados aumentam as preocupações sobre uma possível intensificação do conflito na região.
