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O governo brasileiro está promovendo, ao longo desta semana, um comunicado separado da reunião oficial dos ministros de Finanças do G20, realizada no Rio de Janeiro, para discutir uma questão sensível: a taxação dos super-ricos globalmente.
A proposta sugere que taxar cerca de 3.400 das famílias mais ricas do mundo em 1% ou 2% de seu patrimônio poderia criar um fundo superior a US$ 250 bilhões. Esses recursos poderiam ser utilizados para erradicar a fome, reduzir desigualdades e combater as mudanças climáticas, entre outras iniciativas.
Para evitar que países contrários à medida bloqueiem a inclusão do tema na declaração final dos ministros, o formato de comunicado separado foi escolhido. A reunião oficial da Cúpula do G20 ocorre nesta quinta-feira (25) e sexta-feira (26), mas os acordos estão sendo negociados antecipadamente.
“Precisamos lançar a semente”, afirmou o ministro Fernando Haddad na quarta-feira (24). O governo brasileiro deseja evitar que um progresso lento na discussão seja interpretado como um fracasso da proposta – considerada uma das mais importantes durante a presidência rotativa do G20 pelo Brasil.
No entanto, há resistências, especialmente de países do G7, à ideia de taxação dos bilionários globais. O G7 é composto pelas economias mais industrializadas do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, além de um representante da União Europeia. Esses países também integram o G20.
Apesar das dificuldades, o ministro Fernando Haddad se mantém otimista quanto aos avanços na negociação. A equipe brasileira, anfitriã do encontro no Rio, considera normal que discussões complexas como essa progridam lentamente.
