Tempo de leitura: 2 minutos
Em um movimento audacioso para promover reformas governamentais, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na última terça-feira (12) a criação do Departamento de Eficiência Governamental, com a nomeação do empresário Elon Musk e do ex-candidato presidencial Vivek Ramaswamy como líderes do órgão. Segundo Trump, o objetivo é transformar a administração federal, reduzindo burocracia e custos e reestruturando as agências para operar de maneira mais eficiente e simplificada.
Trump afirmou em um comunicado que Musk e Ramaswamy “guiarão a minha administração na remoção de regulamentos excessivos e no corte de gastos desnecessários”, reforçando o compromisso de longa data dos republicanos com um governo mais enxuto. Como o papel de ambos será de natureza consultiva e não exigirá confirmação do Senado, Musk poderá continuar atuando como CEO de suas empresas, incluindo Tesla, SpaceX e a rede social X (anteriormente Twitter).
O departamento, que trabalhará em colaboração com a Casa Branca e o Office of Management & Budget (OMB), deve entregar os primeiros resultados até o dia 4 de julho de 2026, data que marcará o 250º aniversário da independência dos Estados Unidos.
Vantagens e Críticas
A influência de Musk em Washington já havia crescido com a eleição de Trump, que se beneficiou de generosas contribuições de campanha do empresário. A nomeação de Musk ao departamento não só aumenta seu envolvimento com o governo, mas também pode impulsionar o valor de mercado de suas empresas, ao abrir portas para negócios em setores como inteligência artificial e criptomoedas.
A decisão de nomeá-lo para a função, no entanto, gerou controvérsias. A organização Public Citizen, que defende os direitos do consumidor e já havia contestado políticas da administração anterior de Trump, expressou preocupação. Lisa Gilbert, copresidente da ONG, argumentou que Musk não tem experiência relevante para reestruturar o governo e criticou o histórico regulatório de suas próprias empresas, que já enfrentaram conflitos com órgãos federais.
“Musk não tem conhecimentos profundos sobre o funcionamento do governo e suas empresas frequentemente entram em conflito com regulamentações”, afirmou Gilbert, acusando o bilionário de buscar vantagens para seus próprios negócios.