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Edmundo González pediu que as Forças Armadas respeitem a vontade popular e cessem a repressão aos protestos na Venezuela. O Exército, entretanto, permanece em apoio ao presidente Nicolás Maduro, conforme declaração do ministro da Defesa. A Organização dos Estados Americanos (OEA) não reconhece o resultado da eleição que reelegeu Maduro. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou vitória de Maduro na segunda-feira (28), enquanto oposicionistas apresentaram atas de votação que indicam vitória de Edmundo González.
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, informou que pelo menos 749 pessoas foram detidas em manifestações contra a reeleição de Maduro. Além disso, quatro pessoas morreram e 44 ficaram feridas, segundo organizações não governamentais que atuam no país.
As detenções ocorreram em várias cidades, com relatos de violência durante os protestos. O procurador-geral declarou que “48 responsáveis, entre militares e policiais, ficaram feridos” devido aos atos violentos, incluindo o uso de pedras e coquetéis molotov contra as forças de segurança. O Ministério Público da Venezuela continua a monitorar as manifestações e afirmou que pode prender aqueles que realizarem atos violentos.
ONGs relataram que uma das mortes ocorreu em Caracas e outras três em Aragua e Yaracuy. As manifestações foram dispersas pelas forças de segurança em diversas áreas, com uso de gás lacrimogêneo em Maracay e derrubada de uma estátua de Hugo Chávez em Coro.
Governos de outros países, incluindo os EUA, questionam os resultados oficiais, que deram a vitória a Maduro com 51% dos votos. A oposição contestou a transparência do pleito, enquanto pesquisas de boca de urna independentes indicaram uma vitória significativa para González. Edmundo González expressou solidariedade aos manifestantes e pediu que as forças de segurança respeitem a vontade popular e cessem a repressão às manifestações pacíficas.