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A Polícia Federal (PF) realizou, na manhã desta quarta-feira (26), uma operação para desarticular uma quadrilha especializada na imigração ilegal de brasileiros para os Estados Unidos. A ação ocorreu em três estados: Espírito Santo, Minas Gerais e Distrito Federal. No total, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas de prisão.
Esquema movimentou milhões e fez mais de 1.500 vítimas
As investigações apontam que a organização criminosa era liderada por uma família de Governador Valadares (MG), município conhecido por sua forte ligação com a migração para os EUA. O grupo teria facilitado a travessia clandestina de ao menos 1.500 pessoas, sendo 669 delas diretamente agenciadas pela família. O trajeto incluía a perigosa travessia pelo deserto mexicano.
Na operação, a maior parte dos mandados foi cumprida em Minas Gerais, onde ocorreram 11 das 14 ações judiciais. No Espírito Santo, foram cumpridas duas ordens de busca e apreensão, mas as cidades não foram divulgadas. A última determinação foi executada no Distrito Federal.
Além das buscas, a Justiça determinou medidas como apreensão de passaportes e o sequestro de bens da quadrilha, totalizando R$ 43 milhões.
Organização especializada em falsificação de documentos
Segundo a PF, o esquema contava com um núcleo especializado em recrutar migrantes e fornecer suporte logístico para a viagem. Entre as atividades desse setor estavam a compra de passagens aéreas, reservas de hospedagem e a falsificação de documentos.
Além disso, o grupo criminoso teria utilizado contas bancárias de terceiros para receber os pagamentos das vítimas, aumentando a complexidade do esquema.
Diante das evidências, os investigados poderão responder por crimes como participação em organização criminosa, promoção de migração ilegal, envio irregular de menores para o exterior, falsificação de documentos e uso de documentos falsos. As investigações seguem em andamento.