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Nesta quarta-feira, 21 de agosto, a Polícia Federal (PF) iniciou uma operação para cumprir mandados contra indivíduos suspeitos de invadir o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), plataforma responsável pelos pagamentos do governo federal. A invasão ocorreu em abril deste ano e resultou no desvio de R$ 15 milhões em recursos públicos. Além disso, o grupo tentou furtar mais R$ 50 milhões.
Denominada “Gold Digger” (Minerador de Ouro), a operação investiga um esquema criminoso descrito pela PF como de “alta complexidade”. Até o início da manhã, dois suspeitos haviam sido detidos, um em Belo Horizonte e outro no Rio de Janeiro, enquanto as autoridades ainda buscavam localizar um terceiro envolvido.
No total, a operação cumpre 19 mandados de busca e apreensão em diferentes estados, incluindo Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal. O grupo utilizava técnicas avançadas de invasão cibernética, além de campanhas de “phishing” – estratégia em que os criminosos enviam mensagens fraudulentas, como e-mails ou SMS, para obter informações pessoais das vítimas.
O esquema incluía o uso de contas de “laranjas” para disfarçar a origem dos recursos desviados, com o dinheiro sendo movimentado através de instituições de pagamento e corretoras de criptoativos. Em resposta à invasão, o Tesouro Nacional, responsável pela gestão do Siafi, informou que medidas adicionais de segurança foram implementadas para reforçar a autenticação dos usuários e a autorização de pagamentos no sistema.
O órgão assegurou que todas as providências necessárias estão sendo tomadas para garantir a integridade do sistema e prevenir futuras tentativas de ataque.