Tempo de leitura: 2 minutos
A Meta, empresa controladora de plataformas como Facebook e Instagram, anunciou o encerramento de seu programa de checagem de fatos. O comunicado foi feito na manhã desta terça-feira (7) por Mark Zuckerberg, CEO da companhia, em um vídeo publicado no Instagram. Segundo Zuckerberg, a decisão faz parte de um esforço para “retornar às origens” e promover um ambiente mais voltado à liberdade de expressão.
Com a mudança, o trabalho de verificação será transferido para o recurso “notas da comunidade”, ferramenta que já opera de maneira semelhante na plataforma X (antigo Twitter). Inicialmente, a implementação ocorrerá nos Estados Unidos, conforme detalhou Joel Kaplan, vice-presidente de assuntos globais da Meta, em um comunicado oficial. Kaplan, que recentemente assumiu o cargo após a saída de Nick Clegg, destacou a importância de preservar a liberdade de expressão nas plataformas da empresa.
“As plataformas da Meta foram criadas para serem espaços de livre expressão. Isso pode ser confuso em um ambiente onde bilhões de pessoas têm voz, expondo tudo de bom, ruim e controverso. Contudo, esse é o cerne da liberdade de expressão”, afirmou Kaplan.
Zuckerberg também fez referência ao seu discurso de 2019 na Universidade de Georgetown, no qual defendeu que a liberdade de expressão é um elemento essencial para o progresso social e político. No vídeo desta terça-feira, ele reiterou sua preocupação com a crescente pressão para restringir vozes em nome de resultados políticos ou sociais específicos. “Há quem acredite que dar voz a mais pessoas gera divisão, em vez de união. Considero perigoso priorizar resultados políticos em detrimento da voz individual”, declarou.
A decisão sinaliza uma mudança estratégica nas políticas de moderação da Meta, abrindo espaço para discussões sobre os impactos dessa abordagem no combate à desinformação e no fomento à liberdade de expressão.