Tempo de leitura: 3 minutos
Nesta quarta-feira (31), María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, criticou duramente o presidente Nicolás Maduro, acusando seu regime de reprimir violentamente os protestos contra sua reeleição. Segundo Machado, nas últimas 48 horas, 16 pessoas foram assassinadas, 11 estão desaparecidas, e mais de 177 foram detidas arbitrariamente.
“Diante da nossa vitória eleitoral, a resposta do regime é assassinato, sequestro e perseguição. Esses crimes não ficarão impunes”, declarou Machado em uma postagem no X.
ONGs que monitoram a situação no país, como a Pesquisa Nacional de Hospitais e o Foro Penal, reportaram 11 mortes nos protestos, com vítimas registradas em várias regiões do país. O procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, confirmou a morte de um militar em Caracas.
A oposição afirma ter provas de fraude eleitoral, alegando possuir cópias de 84% das atas que mostrariam a verdadeira vitória de Machado. A comunidade internacional, incluindo a OEA e observadores do Carter Center, pressiona por uma recontagem transparente dos votos, criticando o processo eleitoral como não atendendo aos padrões democráticos.
Protestos contra a reeleição de Maduro também ocorreram fora da Venezuela, com manifestações em Madri, Cidade do México e Buenos Aires.
Além disso, a situação se complicou com a suspensão de voos entre a Venezuela e o Panamá, e mais recentemente, com o Peru. A Latam anunciou que os voos entre os dois países estão suspensos até 31 de agosto, após a Venezuela romper relações diplomáticas com o Peru devido a alegações de fraude nas eleições.
Os eventos recentes refletem um clima de intensa instabilidade e repressão, com a oposição e a comunidade internacional buscando uma resolução pacífica e transparente para a crise eleitoral venezuelana.
