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Uma jovem de 25 anos, natural do Espírito Santo, foi resgatada após passar nove anos em cativeiro na Bahia. Ela foi sequestrada em 2015, na cidade de Rio Bananal, e mantida refém por Adenilson Lima da Silva, de 43 anos, que segue foragido.
Em depoimento à polícia, a jovem revelou que foi violentada sexualmente inúmeras vezes durante o período em que esteve sequestrada. Em 2018, ela engravidou de Silva, e o filho, fruto dos abusos, nasceu, mas morreu após 21 dias. Durante todo o cativeiro, a vítima foi submetida a ameaças constantes de que, se tentasse fugir, sua família seria morta.
Inicialmente levada para Teixeira de Freitas, na Bahia, a jovem foi mantida trancada e vigiada por Silva. Depois, o sequestrador a levou para Vitória, onde viveram por três anos, até se mudarem para Jucuruçu, também na Bahia. A vítima só saía de casa acompanhada pelo criminoso e era obrigada a trabalhar na roça, recebendo apenas R$ 100 por mês.
Há cerca de oito meses, Silva permitiu que a jovem tivesse um celular, o que possibilitou seu contato com a família por meio das redes sociais. A partir dessa comunicação, a Polícia Civil, em conjunto com o Ministério Público, organizou uma operação para resgatá-la.
Na última quinta-feira (19), policiais das cidades de Rio Bananal, Sooretama e Linhares partiram rumo ao local onde a jovem estava mantida em cativeiro, no município de Jucuruçu, a cerca de 450 quilômetros de Rio Bananal. O pai da vítima acompanhou a operação.
Após um dia de vigilância, os policiais realizaram a abordagem na manhã desta sexta-feira (20). Ao perceber a chegada das autoridades, Adenilson Lima da Silva fugiu pela mata, pulando cercas, e não foi capturado. A jovem foi encontrada e, emocionada, se reuniu com o pai.
Na casa onde a jovem era mantida, a polícia encontrou três armas de fabricação caseira, incluindo uma espingarda calibre 12, munições e um revólver calibre 38, além de documentos falsos. A Polícia Civil segue em busca do suspeito e pede que qualquer informação sobre o paradeiro de Adenilson Lima da Silva seja comunicada através do disque-denúncia 180.
O caso trouxe comoção e esperança à família da jovem, que esperava por seu retorno há quase uma década.
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