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O grupo Terrorista extremista Hamas entregou na noite de quarta-feira (26) os corpos de quatro reféns israelenses, encerrando a primeira fase da troca de sequestrados prevista no atual acordo de trégua. Em contrapartida, Israel libertou prisioneiros palestinos.
A troca ocorre enquanto o Cairo se prepara para receber representantes das partes envolvidas, com o objetivo de retomar as negociações para uma possível segunda fase do cessar-fogo. No entanto, ainda não há sinais concretos de um novo avanço diplomático.
Identificação das vítimas
As autoridades israelenses confirmaram a identidade dos quatro reféns entregues: Itzik Elgarat, Ohad Yahalomi, Tsahi Idan e Shlomo Mantzur. Segundo as investigações forenses, três deles foram mortos enquanto estavam no cativeiro, enquanto Mantzur foi assassinado em 7 de outubro de 2023.
Com essa entrega, Israel recebeu os 33 reembolsos que deveriam ser devolvidos na primeira etapa do acordo. A trégua atual está programada para encerrar no próximo sábado (29), e ainda não há confirmação sobre uma prorrogação.
Possível retomada do conflito
Apesar da entrega dos corpos, o Hamas alertou que qualquer descumprimento dos termos do cessar-fogo pode resultar em novas hostilidades. O grupo indicou que pretende continuar as negociações, mas exige garantias de que Israel cumpra os termos previamente estabelecidos.
Enquanto isso, as autoridades israelenses indicaram que não retirarão suas tropas do sul da Faixa de Gaza, contrariando os termos do acordo original. O chamado “corredor de Filadélfia”, uma região estratégica na fronteira com o Egito, deveria estar desocupado até o dia 8 de março.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou que manter a presença militar na região pode aumentar as chances de resgatar outros reféns.
A decisão israelense de não retirar as tropas foi considerada pelo Hamas como uma violação da trégua. Relatos indicam que a organização reforçou sua estrutura militar, nomeando novos líderes e restaurando sua infraestrutura subterrânea, sinalizando uma possível retomada dos combates.
Diante desse cenário, o futuro da trégua permanece incerto. Representantes israelenses chegaram ao Cairo na quinta-feira (27) para tentar avançar nas negociações, mas as divergências entre as partes sugerem que um novo acordo pode ser difícil de alcançar.
