Ibovespa Atinge Novos Recordes e Especialistas Prevêem Crescimento Contínuo

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O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores do Brasil, está em ascensão, estabelecendo novos recordes e gerando expectativas de que o crescimento continuará ao longo do ano. Na última quarta-feira (22), o índice fechou em 136.464 pontos, ultrapassando a marca de 136 mil pontos após dois dias consecutivos de alta.

Com uma valorização acumulada de 1,87% no ano e 19,26% nos últimos 12 meses, o desempenho do Ibovespa foi impulsionado por uma combinação de fatores, tanto domésticos quanto internacionais. Entre os principais elementos que contribuíram para essa alta estão as expectativas de cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos, os resultados positivos das empresas brasileiras no segundo trimestre, e a firme atuação do Banco Central do Brasil no controle da inflação.

Segundo Matheus do Amaral, analista-chefe do Inter Research, os fundamentos econômicos das empresas indicam que há espaço para o índice continuar subindo. Ele ressalta que o recorde atual é apenas o início de um ciclo de crescimento.

No cenário global, especula-se que o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) poderá iniciar cortes nas taxas de juros a partir de setembro, o que tende a aumentar o apelo do mercado brasileiro para investidores internacionais. Ao mesmo tempo, os balanços trimestrais das empresas brasileiras surpreenderam positivamente, com destaque para o setor bancário, que superou as expectativas dos analistas.

O compromisso do governo brasileiro com a responsabilidade fiscal e a disposição do Comitê de Política Monetária (Copom) em ajustar os juros para manter a inflação sob controle também contribuíram para o otimismo no mercado. O fluxo de capital estrangeiro intensificou-se nos últimos meses, com mais de R$ 11 bilhões sendo injetados na bolsa desde o pico de resgates em junho.

Eduardo Plastino, analista de renda variável da Alta Vista Research, destaca que, por muitos anos, o mercado considerava a bolsa brasileira subvalorizada, mas faltava um “momentum” para catalisar seu crescimento. Agora, com fatores favoráveis tanto no cenário externo quanto interno, o otimismo em relação aos ativos brasileiros parece justificado.

Ainda segundo Amaral, o momento é oportuno para compras, já que a bolsa brasileira permanece atrativa, negociando a um múltiplo preço/lucro (P/L) de 8,7 vezes o lucro esperado para 2024, enquanto a bolsa americana, representada pelo S&P 500, possui um P/L projetado de 23,1 vezes. Isso indica que há espaço para o mercado brasileiro continuar crescendo.

Outro ponto que apoia a perspectiva de valorização do Ibovespa é o desempenho dos setores que tradicionalmente lideram o índice, como Petrobras e Vale, que não foram os principais responsáveis pela alta recente. Desta vez, a valorização foi impulsionada por setores como bancos, varejo, construção civil, transportes e educação.

Enquanto Vale e Petrobras registram queda devido à desvalorização das commodities como petróleo e minério de ferro, o Ibovespa continua em alta, o que reflete a diversificação dos setores que compõem o índice. Plastino acredita que uma possível recuperação dos preços das commodities, aliada à expansão dos múltiplos de empresas cíclicas, pode levar o Ibovespa a atingir 150 mil pontos.

As projeções para o final de 2024 são otimistas, com estimativas de que o índice atinja 144 mil pontos, segundo o Inter, e 145 mil pontos, de acordo com o Itaú BBA, oferecendo um potencial de retorno total de 13%, incluindo dividendos de 6%.

Equipe de Redação

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