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A exchange de criptomoedas Bybit, sediada em Dubai, confirmou um ataque cibernético que resultou no roubo de 400.000 unidades de ethereum. O valor total do prejuízo é estimado em cerca de 1,5 bilhão de dólares. Os invasores conseguiram contornar os mecanismos de segurança durante uma transação e transferiram os ativos para um endereço desconhecido.
De acordo com informações divulgadas pelo FBI, a Coreia do Norte está por trás do ataque, sendo o grupo ‘TraderTraitor’, também conhecido como Grupo Lazarus, o responsável pela ação. Após a invasão, os ativos foram parcialmente convertidos em bitcoin e distribuídos por diversos endereços em diferentes redes de blockchain, um procedimento que, segundo especialistas, dificulta a rastreabilidade e facilita a conversão para moedas tradicionais.
Histórico de ataques cibernéticos
O Grupo Lazarus tem sido associado a diversos ataques cibernéticos ao longo da última década. Em 2014, foi responsabilizado por um ataque à Sony Pictures, possivelmente motivado pelo lançamento do filme A Entrevista, que satirizava o líder norte-coreano Kim Jong Un.
Em 2022, o grupo foi apontado como responsável pelo roubo de aproximadamente 620 milhões de dólares em ethereum e USD Coin da Ronin Network, enquanto, no ano passado, foi vinculado ao desvio de mais de 300 milhões de dólares da exchange japonesa DMM Bitcoin.
Operações cibernéticas da Coreia do Norte
A Coreia do Norte mantém um programa de guerra cibernética desde os anos 1990, considerado um dos mais avançados do mundo. Estima-se que pelo menos 6.000 agentes atuem nessas operações, sob a estrutura do ‘Bureau 121’, uma unidade especializada em ciberataques.
Um relatório da ONU apontou que, desde 2017, ataques cibernéticos organizados pelo país resultaram no roubo de mais de 3 bilhões de dólares em criptomoedas. A principal agência norte-coreana envolvida nessas operações seria o Escritório Geral de Reconhecimento, que, segundo o relatório, utilizaria os recursos obtidos para financiar o programa de armas nucleares do país.
