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O Ministério da Fazenda reduziu sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025, ajustando a estimativa de 2,5% para 2,3%. Essa alteração foi motivada pelo recente aumento na taxa básica de juros (Selic), anunciado pelo Banco Central, e por incertezas no cenário internacional.
No relatório “2024 em retrospectiva e o que esperar para 2025”, elaborado pela Secretaria de Política Econômica, o órgão destacou que o ciclo de alta dos juros tende a desacelerar o ritmo de atividade econômica. “Estamos passando por um período de elevação dos juros, o que afeta diretamente o crescimento econômico”, explicou o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello.
Entre os riscos apontados para o próximo ano, a adoção de medidas protecionistas pelos Estados Unidos, que podem resultar na imposição de tarifas a produtos importados, se destaca como o principal desafio para a economia brasileira.
Além das projeções de crescimento, o relatório indica que o setor agropecuário deve apresentar aceleração, enquanto a indústria e os serviços podem registrar retração. O cenário para o agronegócio é especialmente promissor, com boas perspectivas para o arroz, feijão, alimentos in natura e derivados de soja e leite, impulsionados pelas condições favoráveis do clima e pela produção agrícola.
No campo das contas públicas, o Banco Central divulgou que a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) – que engloba o governo federal, o INSS e os governos estaduais e municipais – alcançou 76,1% do PIB em 2024, totalizando R$ 8,984 trilhões. Em 2023, esse índice estava em 73,8%, e, em outubro do ano passado, a dívida bruta ultrapassou, pela primeira vez, a marca dos R$ 9 trilhões.
Por outro lado, a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) teve uma leve queda, passando de 61,2% do PIB em novembro para 61,1% em dezembro. Segundo o comunicado do Banco Central, esse resultado foi influenciado por diversos fatores, como o comportamento dos juros nominais, o déficit primário, o reconhecimento de dívidas, uma desvalorização cambial de 27,9% no ano, além dos efeitos das privatizações e do crescimento do PIB nominal.