Tempo de leitura: 3 minutos
O Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) recentemente detectou e monitorou quatro bombardeiros – dois russos TU-95 Bear e dois chineses H-6 – voando na Zona de Identificação de Defesa Aérea do Alasca (ADIZ). Essa área é destinada ao monitoramento de aeronaves antes de entrarem no espaço aéreo dos EUA.
Este evento é particularmente significativo, pois é a primeira vez que aeronaves militares russas e chinesas são observadas operando conjuntamente nesta zona. Além disso, marca a estreia dos bombardeiros H-6 chineses na ADIZ do Alasca. As aeronaves mantiveram-se no espaço aéreo internacional e não adentraram o espaço aéreo dos EUA ou do Canadá.
Para garantir a segurança, o NORAD mobilizou caças F-16 e F-35 dos EUA, junto com CF-18 do Canadá, para escoltar os bombardeiros e assegurar que não invadissem áreas não autorizadas. Esta operação, conhecida como interceptação, envolve a aproximação de caças militares para identificar e monitorar aeronaves estrangeiras, assegurando que não representem uma ameaça.
A cooperação entre Rússia e China no Ártico está se intensificando, evidenciada por este voo conjunto. A China, que se autodeclara um “estado quase ártico”, busca aumentar sua influência na região. A presença chinesa no Ártico é uma novidade, elevando as preocupações dos EUA com a segurança regional. O general Gregory Guillot, do Comando Norte dos EUA, já havia alertado sobre as intenções da China de expandir suas operações no Ártico.
Desde a invasão russa da Ucrânia em 2022, Rússia e China têm se alinhado cada vez mais contra os EUA e seus aliados. A China tem apoiado a indústria militar russa, fornecendo componentes críticos para a produção de armas.
Recentemente, os EUA lançaram uma nova Estratégia Ártica, destacando preocupações com a crescente cooperação militar entre Rússia e China na região. Embora este incidente específico não tenha sido considerado uma ameaça direta, ele representa uma mudança significativa nas dinâmicas de segurança do Ártico.
