Brigada Inclusiva: Corpo de Bombeiros Forma Segunda Turma de Jovens com Síndrome de Down

Tempo de leitura: 2 minutos

O Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES) iniciou, no dia 6 de novembro, o treinamento da segunda turma do Projeto Brigada 21, voltado exclusivamente para pessoas com Síndrome de Down. Ao todo, 17 alunos estão sendo capacitados em técnicas de combate a incêndios, primeiros socorros, evacuação de áreas e sistemas de proteção contra incêndios.

O projeto é fruto de uma parceria com a Associação Vitória Down, que há mais de 25 anos trabalha pela inclusão social e defesa de direitos das pessoas com Síndrome de Down no estado. Os treinamentos, ministrados pelo Centro de Ensino e Instrução do CBMES (CEIB), contam com o suporte de pedagogos, psicólogos e educadores da associação. Todo o conteúdo foi adaptado para atender às necessidades específicas dos alunos, sem perder o rigor técnico exigido para formar brigadistas.

Na próxima segunda-feira (2), os alunos participarão de atividades práticas, incluindo o uso de extintores e simuladores. Entre os cenários simulados, estão o controle de incêndios domésticos, como casos de panelas em chamas ou vazamentos de gás. Após a conclusão do curso, os participantes estarão preparados para atuar em situações reais de emergência, auxiliando na preservação de vidas e na orientação de outras pessoas. A cerimônia de formatura da turma está marcada para o dia 26 de dezembro.

Uma iniciativa pioneira

Lançado em 2021, o Projeto Brigada 21 é uma referência nacional em inclusão. A primeira turma, formada em 2022, treinou 13 brigadistas em 20 horas de capacitação. Agora, alguns desses pioneiros estão de volta, desta vez como monitores, auxiliando os instrutores do Corpo de Bombeiros.

Para o comandante-geral do CBMES, coronel Alexandre Cerqueira, o projeto vai além da capacitação técnica. “A Brigada 21 promove inclusão, representatividade e troca de experiências. Os bombeiros militares aprendem tanto quanto ensinam, gerando um impacto transformador para todos os envolvidos”, destacou.

O reconhecimento do projeto ultrapassou as fronteiras do Espírito Santo. Apresentada ao Conselho Nacional dos Comandantes Gerais dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil (Ligabom), a iniciativa já inspira ações semelhantes em outros estados. Em 2023, por exemplo, o 38º Batalhão de Infantaria do Espírito Santo anunciou o Pelotão 21, uma capacitação inspirada diretamente na Brigada 21.

Por que “Brigada 21”?

O nome do projeto faz alusão à trissomia do cromossomo 21, que caracteriza a Síndrome de Down. A escolha reforça o propósito de inclusão e celebra a singularidade dos participantes.

Com a formação da segunda turma, o Projeto Brigada 21 se consolida como um marco de inclusão, mostrando que oportunidades e adaptação podem transformar vidas e integrar pessoas com Síndrome de Down em diferentes áreas da sociedade.

Equipe de Redação

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