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Com o aumento de casos de Febre Amarela em humanos e Primatas Não-Humanos (PNH) nos últimos anos, o Ministério da Saúde emitiu um alerta para viajantes que pretendem visitar áreas onde há registro da doença. O comunicado, enviado nesta segunda-feira (03) aos estados brasileiros, reforça a necessidade de imunização antes de viagens para regiões afetadas, como São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins.
Orientações para Viajantes
A Nota Técnica Conjunta Nº 27/2025 orienta que qualquer pessoa que vá para locais com registro de transmissão da Febre Amarela ou para áreas de mata e rurais verifique seu cartão de vacinação. Quem ainda não recebeu a vacina deve procurar uma unidade de saúde pelo menos 10 dias antes da viagem para garantir a imunização adequada.
No Espírito Santo, os últimos casos da doença em humanos ocorreram em 2018, quando foram registrados cinco infecções sem óbitos. Em 2017, o estado teve um surto, contabilizando 256 casos e 81 mortes. Na época, a vacinação foi ampliada, com aplicação de doses padrão e, em alguns estados, a versão fracionada, que requer reforço após oito anos.
A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, alerta que residentes do Espírito Santo que receberam a dose fracionada em outro estado e planejam viajar para regiões com circulação do vírus devem atualizar sua situação vacinal antes do deslocamento.
Quem Deve se Vacinar?
A vacina contra a Febre Amarela faz parte do calendário básico de imunização infantil, sendo aplicada aos 9 meses de idade e reforçada aos 4 anos. Para pessoas entre 5 e 59 anos que ainda não tomaram a vacina, a recomendação é a aplicação de uma dose única. Atualmente, a cobertura vacinal no estado ultrapassa 95% nesse grupo, mas entre crianças menores de um ano, a taxa está em 72,50%, abaixo da meta de 95% estipulada pelo Ministério da Saúde.
Diretrizes de Vacinação para Viajantes
O Ministério da Saúde recomenda estratégias específicas para quem pretende visitar áreas com casos confirmados da doença:
- Dose de reforço: Indivíduos que receberam a vacina fracionada em 2018 e planejam viajar para regiões de risco devem tomar uma dose adicional na versão padrão.
- Dose zero: Crianças entre 6 e 8 meses que residem ou viajarão para áreas com circulação confirmada do vírus devem receber essa dose preventiva.
- Vacinação de idosos: Pessoas acima de 60 anos devem passar por uma avaliação médica para determinar a necessidade da imunização, considerando seu estado de saúde e o risco de exposição ao vírus.
Casos Confirmados e Regiões de Alerta
Segundo a Nota Técnica Conjunta Nº 27/2025, os estados de São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins são considerados áreas de alerta. Entre 2024 e 2025, foram registrados casos da doença em primatas não-humanos nessas regiões, um importante indicativo da circulação do vírus.
Em relação aos casos em humanos, foram confirmados oito infecções no mesmo período, sendo sete em São Paulo (nos municípios de Socorro, Joanópolis e Tuiuti) e um em Minas Gerais (Camanducaia). Desses, quatro evoluíram para óbito, todos no estado de São Paulo.
O Ministério da Saúde reforça a importância da prevenção por meio da vacinação e do uso de medidas de proteção contra picadas de mosquito, como o uso de repelentes e roupas adequadas, especialmente em áreas de risco.
