Presença e Desafios: Estudo Detalha Realidade dos Povos Indígenas no Espírito Santo

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Neste sábado, 19 de abril, data dedicada ao Dia dos Povos Indígenas, o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) lançou um estudo especial que joga luz sobre a realidade das populações indígenas no Espírito Santo. O levantamento, feito pela Coordenação de Estudos Sociais (CES), apresenta dados sobre gênero, escolaridade, localização, infraestrutura e representatividade política dos povos originários no estado.

Com raízes em etnias tradicionais como Tupiniquins, Guaranis, Botocudos, Aimorés (ou Krenaks) e Pataxós, os indígenas capixabas somam 14.410 pessoas — o equivalente a 0,4% da população estadual. Aracruz desponta como o município com maior presença indígena, concentrando 51,5% desse total, seguido por Serra (9,2%) e Vila Velha (6%).

O estudo também diferencia “localidades indígenas” — agrupamentos populacionais — das “Terras Indígenas”, que são áreas oficialmente demarcadas. Das 16 localidades indígenas mapeadas no estado, 13 estão situadas em territórios reconhecidos, o que representa 81,2%.

Outro dado importante é a presença majoritária de mulheres entre os indígenas capixabas (51,1%). Elas desempenham papel central na preservação das tradições, atuando como guardiãs do saber, da agricultura e da coleta.

No recorte por faixa etária, os jovens entre 15 e 29 anos representam o maior grupo (22,3%), seguidos pelas crianças de 0 a 14 anos (20,1%) e idosos com 60 anos ou mais (16,2%).

A pesquisa ainda revela um dado positivo sobre educação: 91% dos indígenas com 15 anos ou mais estão alfabetizados — índice próximo ao dos não indígenas (94,4%). Em termos de frequência escolar, o Espírito Santo se destaca com uma taxa bruta de 26,1%, superior à média da região Sudeste, que é de 23,9%.

Apesar da urbanização crescente — 60,5% dos indígenas no estado vivem em áreas urbanas —, as desigualdades persistem. O acesso à água potável atinge 79,9% da população indígena, contra 90,8% dos não indígenas. Quando se trata de esgotamento sanitário adequado, a diferença é ainda maior: 43% dos indígenas não contam com esse serviço, enquanto entre os não indígenas o índice é de 17%.

O levantamento também reforça a necessidade de fortalecimento da representatividade política. Nas últimas duas eleições (2022 e 2024), 261 indígenas foram eleitos no Brasil, sendo três no Espírito Santo, um reflexo do lento, mas importante avanço na participação indígena nas decisões públicas.

📄 Para acessar o estudo completo, visite: ijsn.es.gov.br/publicacoes/sinteses/ijsn-especial

Equipe de Redação

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