Crea-ES Aponta Ampliação da Área Contaminada por Vazamento de Petróleo em São Mateus

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O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) divulgou um relatório preliminar sobre o vazamento de petróleo ocorrido no dia 16 de outubro, no campo de Inhambu, em São Mateus, no Norte do Estado. A análise inicial aponta que a área afetada pelo incidente é significativamente maior do que o informado inicialmente.

Conforme os dados preliminares, a área contaminada, que havia sido reportada como 1.500 metros quadrados, na verdade, já ultrapassa 58 mil metros quadrados. Além disso, a quantidade de emulsão de água e óleo derramada é estimada em até 28 mil litros, superando os 9 mil litros inicialmente divulgados pelo responsável pela perfuração.

O presidente do Crea-ES, engenheiro Jorge Silva, que liderou a fiscalização, destacou que não foi identificado um responsável técnico para a remoção da vegetação contaminada, e que não existem documentos que autorizem a supressão da flora local. Além disso, a empresa responsável pela perfuração do poço está irregular junto ao Conselho. Silva também criticou a falta de comunicação efetiva com a comunidade sobre os acontecimentos.

As atividades de fiscalização começaram no dia 21 de outubro e contaram com uma equipe multidisciplinar, incluindo engenheiros ambientais, geólogos e outros especialistas, que realizaram levantamentos com drones e análises de amostras coletadas em áreas afetadas. O relatório indica que a contaminação do solo se agravou com as chuvas, aumentando o risco de poluição nas áreas vizinhas e no curso hídrico adjacente.

Os técnicos do Crea-ES observaram que próximo ao poço em questão, localiza-se o Córrego Santa Rita, que é um afluente importante para a agricultura e pecuária da região. A poluição desse córrego pode impactar significativamente o Rio Mariricu, crucial para as comunidades de pescadores e para o turismo local.

Para compor o relatório final, o Crea-ES enviou um ofício à Seacrest no dia 25 de outubro, solicitando documentos técnicos e esclarecimentos sobre o incidente. A empresa terá um prazo de 15 dias para apresentar estudos complementares e planos de investigação sobre a contaminação, assim como análises ambientais nas áreas afetadas. O mesmo pedido foi encaminhado ao Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) e ao Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf).

Equipe de Redação

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